ARTÍCULO
TITULO

Mapeamento do potencial álcali reativo das areias no Rio Grande do Sul

Dioice Schovanz    
Luana Centofante Costa    
Francieli Tiecher Bonsembiante    

Resumen

Existem vários processos de deterioração que interferem no desempenho e durabilidade de um concreto, dentre estes processos encontra-se a reação álcali-agregado (RAA). A RAA é um termo geral utilizado para descrever a reação química que ocorre internamente em estruturas de concreto, entre os hidróxidos alcalinos presentes no cimento e fases minerais reativas presentes nos agregados. Como resultado da reação, forma-se um gel sílico-alcalino que, na presença de umidade, absorve água, sendo capaz de expandir no interior da massa de concreto, podendo causar expansão e, consequentemente, fissuração interna e externa nas estruturas de concreto. As medidas preventivas à ocorrência da RAA são conhecidas há muito tempo e aplicadas rotineiramente apenas em estruturas de usinas hidrelétricas. Sabendo-se que qualquer estrutura sujeita a intensa umidade pode desenvolver a RAA, a prevenção é necessária também nas edificações residenciais, por exemplo, em locais onde o concreto esteja exposto à umidade, a fim de garantir estruturas mais duráveis e, portanto, mais sustentáveis, uma vez que a geração de resíduos pela necessidade de manutenção constante, ou demolição, vai na contramão dos pilares da sustentabilidade na construção. Nesse contexto, a primeira etapa do processo de prevenção da ocorrência da RAA é conhecer o potencial reativo dos agregados, pois conhecendo esse parâmetro é possível empregar materiais cimentícios adequados à inibição do desencadeamento da reação. Esta pesquisa, tem como objetivo avaliar o potencial álcali-reativo de oito amostras de areia, provenientes das jazidas fornecedoras do insumo para produção de concreto no Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado baseando-se no método acelerado de barras de argamassa, de acordo com a ABNT NBR 15577-4 (2018) e na avaliação das características mineralógicas dos agregados, através da análise petrográfica. Os resultados apontaram um alto potencial deletério das amostras avaliadas. Verificou-se que 7 de um total de 8 amostras analisadas foram classificadas como potencialmente reativas. A variação percentual entre a amostra de maior para a de menor expansão foi de 93,44% (0,61%-0,04% respectivamente), sendo potencialmente inócua apenas a amostra de areia da cidade de Osório/RS.

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