Resumen
http://dx.doi.org/10.5902/1980509816579De modo a entender a influência das florestas urbanas na variação termo-higrométrica da área intraurbana da cidade de Curitiba, este trabalho teve como objetivo analisar a variação temporal e espacial da temperatura e da umidade relativa do ar em cada estação do ano e relacioná-la com a presença das florestas urbanas. Para a coleta dos dados meteorológicos foram estabelecidos 44 pontos de monitoramento em quatro transectos na malha urbana da cidade. Nestes pontos foram instalados miniabrigos meteorológicos com sensores modelo Hobo®, fixados nas hastes de sinaleiros e placas de sinalização. O monitoramento da temperatura e umidade relativa do ar foi realizado em períodos correspondentes às quatro estações do ano, com 22 dias de coleta e registro contínuo de dados em intervalos de 15 minutos. Nos quatro transectos analisados na área intraurbana de Curitiba foram encontradas diferenças termo-higrométricas significativas entre os pontos de monitoramento em todos os períodos analisados. Mesmo nas estações do ano de mais baixas temperaturas, o outono e o inverno, foram encontradas diferenças térmicas, relacionadas ao calor antropogênico. Pela análise do perfil longitudinal das temperaturas, observou-se curva semelhante ao perfil clássico das ilhas de calor urbano, com as maiores temperaturas nos locais com maior intensidade de ocupação e atividades antrópicas, como na área central e região centro-sul. As menores temperaturas foram encontradas em bairros residenciais e periféricos, como nas porções norte e noroeste do município e limite sul, além de se evidenciar o efeito do resfriamento das florestas urbanas presentes na área intraurbana, como os Parques Municipais Barigui e São Lourenço. As regiões com maior quantidade de áreas permeáveis, concentração de remanescentes florestais ou espaços verdes públicos apresentaram menores temperaturas e aumento da umidade relativa do ar.