Resumen
O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito das podas no sistema radicial de mudas de Eucalyptus camaldulensis, produzidas em blocos. No viveiro, foram testados três tratamentos (T1: sem poda do sistema radicial; T2: 1 poda do sistema radicial; T3: duas podas do sistema radicial), disposto em DIC, com nove repetições, sendo cada repetição composta por 96 mudas. Parte dessas mudas foi levada para o campo para avaliação do efeito da poda das raízes após o plantio no campo. Foram dispostas em quatro blocos casualizados, com 49 mudas por parcela. O substrato utilizado para produção de mudas foi a mistura de plantmax florestal (60%) e fibra de coco de granulometria mista (40%), sendo adicionados 8 g de osmocote (19-06-10) por quilo do substrato. As podas das raízes na fase de viveiro foram realizadas aos 80 e 90 dias após a semeadura, com auxilio de uma lâmina afiada. As mudas foram avaliadas aos 100 dias após a semeadura, quanto à altura da parte aérea, diâmetro do colo, massa seca da parte aérea, comprimento e diâmetro das raízes. No campo as mudas foram avaliadas quanto a altura e diâmetro ao 1, 3, 5, 7 e 9 meses após plantio. No viveiro, mesmo não havendo diferença no crescimento em altura e diâmetro da parte aérea das mudas entre os tratamentos, aquelas que não sofreram poda de suas raízes (T1) apresentaram menor produção de massa seca da parte aérea, representada pelas folhas. Já para o sistema radicial, quando foram aplicadas duas podas durante o ciclo de produção, as mudas apresentaram maior comprimento e diâmetro de raízes produzidas. Não houve diferença no crescimento das mudas após plantio no campo, no entanto, a condição climática na época de implantação e condução do experimento, além do sítio favorável ao desenvolvimento das mudas pode ter contribuído para esse resultado, sendo necessária condução de novo experimento, para avaliar o efeito das podas, em mudas plantadas em condições adversas.