Resumen
http://dx.doi.org/10.5902/1980509818461O presente trabalho teve como objetivo verificar a influência da combinação de três velocidades de ensaios e de cinco dimensões de corpos de prova na determinação da resistência à flexão estática de três espécies de madeiras de florestas naturais tropicais. Pretende-se fornecer subsídios para implementação de uma metodologia de ensaios que possibilite otimizar seus custos sem perda de precisão, qualidade e variabilidade nos resultados, considerando a inexistência de uma norma brasileira específica para caracterização físico-mecânica de espécies de madeira. As referências de dimensões e velocidades foram selecionadas com base na Comisión Panamericana de Normas Técnicas (COPANT 555/73). As normas COPANT estabelecem procedimentos para determinação das propriedades físicas e mecânicas de espécies de madeiras com pequenos corpos de prova isentos de defeitos. Tradicionalmente, ensaios para pequenas variações de velocidades e dimensões nos corpos de prova foram pouco abordados, possivelmente pela falta de interesse em alterar metodologias já consagradas. A metodologia utilizada envolveu ensaios de flexão estática com teor de umidade a 12%, cinco dimensões de corpos de prova e três velocidades de ensaios. Foram caracterizadas as espécies: cumaru (Dipterix odorata), jequitibá (Allantoma lineata) e quaruba (Vochyisia guianensis). Os resultados mostraram que a resistência à flexão é significativamente aumentada com a redução da dimensão do corpo de prova, mas não é influenciada pela velocidade de teste para todas as espécies estudadas. Concluindo, para se manter a compatibilidade com os resultados de caracterização já publicados utilizando-se essa norma não é recomendado alterar o tamanho do corpo de prova atual, mas a velocidade de teste poderá ser aumentada dentro dos limites estudados.