Resumen
Os programas de microcrédito têm sido adotados amplamente em diversos países como alternativa para inserção produtiva dos microempreendedores de baixa renda. Na maioria dos casos, os programas possuem um viés na alocação dos empréstimos em favor das mulheres, assumindo estas um compromisso maior com os pagamentos, a partir do seu melhor posicionamento na família e na sociedade. O objetivo deste trabalho é verificar se existe uma trajetória de crescimento para esse tipo de clientela, e se ela é diferenciada em relação ao gênero. Para isto, estimam-se equações de crescimento para os microempreendimentos dos clientes do Programa Crediamigo para o período de 2005 a 2009. Utilizam-se modelos lineares de efeitos mistos, como proposto por Rabe-Hesketh e Skrondal (2008). Os resultados mostram que existe uma trajetória de crescimento, mas com retornos decrescentes. Adicionalmente, as taxas médias de retorno são maiores para os homens; porém as mulheres possuem risco menor em suas trajetórias.