Resumen
A casca do fruto do pequirepresenta 80% do seu conteúdo total, sendo geralmente descartada. O uso desseresíduo para a produção de biofertilizante surge como alternativa para o seuaproveitamento. Contudo, a casca do pequi é rica em compostos alelopáticos, oque pode restringir sua aplicação nos campos agrícolas. O objetivo deste estudofoi avaliar se o biofertilizante proveniente da casca dos frutos de pequi podecausar efeitos fitotóxicos e, ou interferir no crescimento de plantas de pepino(Cucumis sativus L.). O delineamentoexperimental utilizado foi o inteiramente casualizado, no esquema fatorial 5 x2 (doses x pH) com quatro repetições. Os tratamentos corresponderam às doses debiofertilizante por litro de substrato: 0 (controle), 10, 20, 40 e 80 mL, com esem correção do pH do efluente. As doses de biofertilizante não influenciaram ocrescimento e produção da massa fresca e seca da parte aérea e massa fresca dasraízes, porém, levaram a um aumento linear de massa seca das raízes do pepino.A correção do pH do bioferilizante favoreceu somente o crescimento inicial emaltura do pepino. A acidez do biofertilizante não influenciou o acúmulo demassa fresca e seca dessa planta. O biofertilizante da casca do pequi não causoufitotoxicidade as plantas de pepino, independente da dose. Provavelmente, oprocesso de fermentação para obtenção do biofertilizante é suficiente paradegradar ou tornar possíveis compostos tóxicos indisponíveis. Isso sugere queesse biofertilizante pode ser utilizado em cultivos comerciais. Todavia, emdecorrência da baixa disponibilidade de nutrientes, o biofertilizante da cascade pequi contribui pouco para o crescimento da planta.