Resumen
Grande parte da literatura sobre a produção de algodão no Brasil, durante o século XIX, considerao algodão como um produto de ?homem pobre? - cultivado por pequenos agricultores quenão empregavam uma grande força de trabalho escrava. No entanto, informações fornecidasem mapas populacionais do período entre 1800 e 1840 mostram que os escravos representavammetade da população do Maranhão, o mais importante exportador de algodão do Brasilaté a década de 1840. Isso representou uma participação maior do que em qualquer regiãodo nordeste do Brasil, e foi comparável às participações da população escrava registradas naregião algodoeira no sul dos Estados Unidos. Este artigo mostra que, durante os anos doboom do algodão (1790-1820), não apenas o algodão exportado do nordeste brasileiro paraa Grã-Bretanha e a Europa continental foi cultivado em grandes plantações, mas tambémos preços de escravos foram maiores no Maranhão do que em outras províncias brasileiras.