Resumen
http://dx.doi.org/10.5902/198050986619Este trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do ataque de Lampetis nigerrima em eucaliptos com três meses de idade e da poda de formação, aplicada cinco meses depois do surto desse besouro. Os estudos foram conduzidos em cultura clonal de Eucalyptus grandis vs Eucalyptus urophylla. Mil e duzentas árvores foram analisadas através do delineamento em blocos casualizados com três tratamentos e quatro repetições, tendo cada unidade experimental 100 árvores e, totalizando 400 árvores por tratamento. Os tratamentos foram: T1 = árvores com copas e ponteiros sem danos de Lampetis nigerrima (testemunhas); T2 = árvores com copas e ponteiros danificados e com poda de formação; e, T3 = árvores com copas e ponteiros danificados e sem poda de formação. O crescimento e o volume de madeira das árvores foram avaliados até os 32 meses de idade, com base na altura total (Ht), diâmetro a altura do peito (DAP) e na qualidade do fuste principal. Árvores não danificadas por Lampetis nigerrima apresentaram, 29 meses após o ataque do besouro, volume de madeira maior do que árvores danificadas e sem poda. A poda de formação diminuiu as perdas de crescimento em altura e aumentou a qualidade dos fustes de árvores danificadas e com poda, em comparação com aquelas sem poda. O ataque de Lampetis nigerrima a plantios de eucalipto prejudicou a quantidade e a qualidade da produção de madeira de forma que este besouro pode ser considerado como mais uma importante espécie-praga na silvicultura brasileira.