Resumen
http://dx.doi.org/10.5902/1980509816616Este trabalho objetivou avaliar o efeito do fogo sobre a fauna de formigas associada à Pinus elliottii Engelm. O estudo foi desenvolvido no município de Santa Maria, Rio Grande do Sul, numa área experimental junto ao Campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em um plantio de um hectare de Pinus elliottii com 28 anos de idade, com espaçamento de 2 m x 2 m, no qual ocorreu um incêndio no final de novembro de 2008. Um mês após, iniciou-se uma amostragem da fauna de formigas, concluída em novembro de 2009. Utilizou-se o método de interceptação de insetos perambulantes através do uso de armadilhas de solo sem atrativo, distribuídas no centro do povoamento, sendo dispostas 10 armadilhas em transecto linear simples, a intervalos de 10 metros e que permaneceram enterradas por 48 horas. Ao final deste período, o material biológico foi acondicionado em potes plásticos, encaminhado ao laboratório para triagem, onde as formigas foram separadas em morfoespécies e prosseguiram para identificação. A partir dos levantamentos foram encontradas 25 espécies de formigas distribuídas em onze gêneros, oito tribos e quatro subfamílias. Destas, as que apresentaram maiores frequências de ocorrência em suas respectivas subfamílias foram Pseudomyrmex termitarius (46,7%), Acromyrmex crassispinus e Pachycondyla striata (ambas com 35,8%), e Camponotus blandus (25,0%). O fogo é um agente de distúrbio ambiental por vezes significativo, causando efeitos positivos e negativos sobre a fauna edáfica. Sua ação pode ter gerado efeito indireto negativo sobre Crematogaster victima e positivo sobre Pseudomyrmex termitarius, Acromyrmex crassispinus, Pachycondyla striata e Camponotus blandus presentes no sub-bosque de Pinus elliottii, pós-incêndio.