Resumen
http://dx.doi.org/10.5902/1980509812355O objetivo deste trabalho foi conhecer o processo de dinâmica da vegetação colonizadora em uma área degradada pela extração de ouro. A área em estudo foi estratificada em três ambientes, sendo que em cada ambiente foram alocadas dez parcelas contiguas de 100 m² cada. Para a abordagem da dinâmica foram realizados dois inventários da vegetação arbustivo-arbórea incluindo todos os indivíduos com DAS30 > 3 cm. O primeiro inventário foi realizado no ano de 2008 e o segundo no ano de 2010. Em 2010, os novos indivíduos que atingiram o critério de inclusão (recrutas) foram marcados e medidos, os mortos foram registrados e os sobreviventes mensurados novamente. Foram calculadas as taxas de dinâmica: mortalidade, recrutamento, ganho e perda em área basal de cada ambiente, ficando evidente a importância da dinâmica como ferramenta para auxiliar no entendimento das relações de sucessão ecológicas das espécies. Os índices de diversidade de Shannon entre os três ambientes foram comparados pelo teste t de Hutcheson e foi utilizada a análise de espécies indicadoras na determinação das espécies preferências de cada um dos três ambientes pré-determinados. O número total de indivíduos passou de 707 para 909 em dois anos de intervalo, reforçando ainda mais a importância de regeneração natural nos processos de sucessão ecológica. O ambiente II manteve-se como o mais abundante, apesar de apresentar elevada taxa de mortalidade, o que pode ser explicado pela alta taxa de recrutamento. As espécies Eremanthus incanus, Trembleya laniflora, Trembleya parviflora, Roupala montana, Coccoloba brasiliensis e Tibouchina candoleana, apresentaram maior valor de importância nos dois levantamentos realizados, mostrando, assim, superioridade na colonização da área degradada pela extração de ouro, podendo vir a ser indicadas em programas de recuperação de áreas degradadas que se encontram em condições semelhantes na região de Diamantina.