Inicio  /  Ciéncia Florestal  /  Vol: 21 Núm: 3 Par: 0 (2011)  /  Artículo
ARTÍCULO
TITULO

Mecanismos de regeneração natural em remanescente de Floresta Estacional Decidual

Marta Silvana Volpato Sccoti    
Maristela Machado Araujo    
Cristiane Friedrich Wendler    
Solon Jonas Longhi    

Resumen

Diante da perda da biodiversidade e do habitat natural decorrentes da fragmentação das florestas, surge a necessidade de alternativas que possibilitem a recuperação desses ambientes. Assim, este estudo objetivou obter informações sobre o potencial dos mecanismos de regeneração natural (chuva de sementes, banco de sementes do solo, banco de plântulas e regeneração natural estabelecida) em um remanescente de Floresta Estacional Decidual, visando à conservação e recuperação destes ecossistemas. O estudo foi realizado de forma sistemática, a partir da demarcação de 14 unidades amostrais de 2.000 m², dentro das quais foram selecionadas, aleatoriamente, 70 subparcelas onde foram avaliados os mecanismos de regeneração. A chuva de sementes foi avaliada durante um ano, com base no material obtido mensalmente a partir de coletores. Para o estudo do banco de sementes foram tomadas amostras de solo, com uso de um gabarito de ferro com 25x25x5 cm de dimensões, monitoradas durante 7 meses mediante germinação das sementes. A regeneração natural foi avaliada em duas classes: banco de plântulas e regeneração natural estabelecida, onde foram identificados e medidos indivíduos com h=30 cm e DAP<5 cm. A chuva de sementes apresentou densidade média de 1350 sementes.m-² na área, dentre as quais se observou 73 espécies, predominantemente, arbóreas. No banco de sementes do solo, foram observadas 108 espécies, sendo 74% herbáceas. No banco de plântulas foram encontradas 48 espécies, sendo estas esciófilas e heliófilas, já na regeneração estabelecida foram encontradas 37 espécies, em sua maioria esciófilas. Concluiu-se que as espécies com maior potencial para perpetuar na área estudada foram Gymnanthes concolor, Sorocea bonplandii, Eugenia rostrifolia, Trichilia claussenii, Trichilia elegans e Dasyphyllum spinescens, sendo as mesmas indicadas para enriquecimento. Já as espécies Myrocarpus frondosus, Cupania vernalis, Nectandra megapotamica e Syagrus rommanzoffian apresentam certa restrição, dependendo de tratamentos silviculturais na floresta para garantir sua perpetuação na área.

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