Resumen
Este texto analisa como uma sociedade camponesa da região amazônica, integrada à agroindústria de dendezeiro, compreende o uso e os sentidos dos agrotóxicos em seu universo social e simbólico. Por meio do trabalho de campo etnográfico buscamos compreender como e a partir de que mecanismos as lentes da sociedade camponesa da vila São Vicente, no município de Moju, no estado do Pará, tece essa relação. Veneno ou química é o nome atribuído ao agrotóxico que, embora percebido como perigoso, tem seu risco relativizado por mediações socioculturais que se interpõem entre recomendações do fabricante, cartilhas da empresa e o cotidiano da utilização. Estas também predominam no percurso progressivo do adoecimento, muitas vezes silenciado.