Resumen
O clima na Amazônia vem se alterando, principalmente pelas atividades antrópicas. Uma floresta primária detém de 80% a 85% de floresta de terra firme, elevada diversidade e riqueza de espécies. Com o objetivo de caracterizar o clima da região de estudo, associando à variabilidade dos oceanos, atlântico e pacífico equatorial, com a chuva (chuvas), umidade e temperatura do ar, buscando uma visão espaço-temporal da evolução climática regional em um período pré-estabelecido, além de investigar a influencia destas variáveis climáticas na densidade populacional de mosquitos na região de floresta primária, onde as informações destas variáveis foram obtidas no site do INMET/BDMET e na Torre do LBA (meteorológicos) e no site da NOAA (índices de IOS/TSM) e as informações sobre a densidade dos mosquitos foram adquiridas no consorcio entre Museu Paraense Emilio Goeldi, FIOCRUZ, Instituto Evandro Chagas e Universidade Federal do Pará que realizaram a coleta de mosquitos dentro de uma unidade de conservação (UC) em cinco campanhas com duração de 6 dias cada, realizadas no período de junho, setembro e dezembro de 2005, e fevereiro e abril de 2006. A variabilidade e a evolução do clima para a área de estudo, apresentaram elevação em suas oscilações tanto da temperatura média do ar (de »0.28°C por década) quanto dos níveis de chuva com redução nos índices de umidade do ar, indicando que mesmo com o aumento das chuvas, a floresta sugere uma atmosfera com intervalos maiores de estiagem. Existe um indicativo de elevação expressiva nos níveis de temperatura média do ar (>1.5°C), e nos índices de chuvas, além de pouca e tendenciosa redução nos índices de umidade do ar, concorrendo para um aumento significativo na densidade de mosquitos com maior amplitude na distribuição das endemias na região.