Resumen
No contexto brasileiro as áreas abertas ao longo dos quarteirões urbanos seguem sendo espaços residuais, com geometrias irregulares e pequenas, configurando fatias urbanas sem continuidade e conectividade. Este cenário pode ser percebido nas imagens dos grandes centros urbanos e se repete, de modo ainda mais permissivo e negativo, no habitar doméstico de populações de baixa renda. Diante deste contexto, o artigo procura despertar o diálogo sobre as estratégias formais para os espaços abertos no entorno de habitações de interesse social e as respectivas qualidades ambientais relacionadas à saúde humana. A intenção é debater sobre os espaços de intermediação entre os edifícios, os vazios urbanos como estratégias de continuidade e conectividade para a integração de redes de áreas verdes e seus benefícios. Assim, contribui para o debate sobre os padrões de ocupação do solo nas comunidades em situação de vulnerabilidade social e os benefícios dos espaços livres nas cidades, levantando questões sobre estratégias de projeto para as áreas verdes nas comunidades em situação de vulnerabilidade social. Portanto, desenvolver o projeto do edifício de modo sincrônico aos espaços abertos, considerando seus possíveis benefícios, parece ser oportuno à qualidade de vida dos moradores, além de contribuir para a produção de cidades mais sustentáveis e saudáveis.