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ARTÍCULO
TITULO

Caracterização florística e estrutural da vegetação arbórea em um trecho de Floresta Estacional Decidual, RS, Brasil

Francieli de Fátima Missio    
Solon Jonas Longhi    
Matheus Degrandi Gazzola    
Marina Scheuer    
Rodrigo da Silva Pinto    
Lutero Lerner    
Diego Cella Cassol    
Gabriel Angostini Orso    
Mauricio Stangarlin    

Resumen

O objetivo do estudo foi avaliar a composição florística e estrutural em um trecho de floresta secundária, no município de Dona Francisca - RS. Foram instaladas 50 parcelas permanentes de dimensão 10 x 20 m, de modo sistemático, distanciadas 10 m entre si e 40 m entre faixas, totalizando 1 ha. Foram amostrados todos os indivíduos que apresentassem CAP = 15,7 cm e calculado os estimadores fitossociológicos. Foi realizada a curva de acumulação de espécie para verificar a suficiência amostral. Para o cálculo de diversidade e dominância, utilizou-se o Índice de Shannon (H?) e Equabilidade de Pielou (J?). Para a riqueza potencial utilizaram-se os estimadores não paramétricos Jackknife. Avaliou-se a composição florística e estrutural por meio da Análise de Correspondência Distendida (DCA). Verificou-se, também, a distribuição diamétrica e hipsométrica da comunidade arbórea, e para as espécies, com valor de importância acima de 5 %, a distribuição em classes de DAP. As análises estatísticas foram realizadas no programa R. Foram identificadas 65 espécies arbóreas e arbustivas com 2.045 indivíduos distribuídas em 31 famílias botânicas. As espécies com valor de importância acima de 5% foram Casearia sylvestris (14,04%), Nectandra lanceolata (12,86 %), Cupania vernalis (9,57 %), Guarea macrophylla (7,29 %) e Ocotea puberula (5,07 %). Os valores para a diversidade e dominância foram, respectivamente, de 2,91 nats.ind-1 e 0,69, indicando que a área possui baixa diversidade e dominância de poucas espécies. Pela DCA é possível verificar que as parcelas estão distribuídas homogeneamente no trecho florestal. A distribuição diamétrica representou o esperado para a comunidade arbórea com tendência ao J-invertido e a maioria das árvores apresentou altura concentrada no estrato intermediário da floresta. Das cinco espécies analisadas, apenas Nectandra lanceolata e Ocotea puberula não apresentaram curva exponencial negativa. Foi possível observar que há um predomínio de indivíduos nas primeiras classes de DAP e altura, o que caracteriza a resiliência da área após distúrbio. Ainda, indica as flutuações e estabilidade das espécies, na sucessão ecológica, de uma floresta em estágio intermediário de regeneração.

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