Resumen
O crescimento populacional e as questões climáticas impõem desafios à sociedade, principalmente no que diz respeito ao abastecimento de alimentos e à manutenção de condições desejáveis do solo. Além disso, há uma evidente necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, notadamente àquelas causadas por mudanças no uso do solo. Portanto, há necessidade de estudos que abordem o entendimento das condições do solo sob os diferentes usos do solo, uma vez que esses podem se tornar fontes de carbono dependendo das práticas de manejo. Este estudo foi conduzido em perfis de Plintossolos Amazônicos sob: florestas primárias, pastagens para pecuária e plantios mistos de restauração florestal. A densidade e o teor de carbono foram avaliados em quatro profundidades (0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm), enquanto as propriedades físicas foram examinadas nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm. Solos sob florestas primárias apresentaram as menores densidades e os maiores teores de carbono quando comparados a outros usos da terra. Esses solos também apresentaram o maior estoque de carbono. Entretanto, não foi observada diferença significativa pelo teste de Tukey para ambas variáveis. As pastagens apresentaram maiores estoques de carbono quando comparados aos plantios mistos (aos 10 anos). Nossos resultados indicaram que práticas de manejo adequadas são necessárias para a manutenção da capacidade produtiva do solo após a conversão de florestas para outros usos. Os Plintossolos, por suas características texturais e mineralógicas, apresentaram elevados teores de quartzo, notadamente nas camadas superficiais, demonstrando quão sensíveis às mudanças na paisagem. O estoque de carbono no solo é, portanto, sensível às mudanças na sua cobertura. Este estudo fornece informações úteis para o entendimento do estoque de carbono em Plintossolos na Amazônia Brasileira, bem como para aprimorar as estimativas realizadas no Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa.