Resumen
A abordagem da cognição social implícita permitiu reavaliar construtos amplamente estudados em psicologia como o preconceito. Diversas pesquisas apontam para a desigualdade entre mensurações explícitas e implícitas do preconceito, sendo que quando as pessoas não possuem controle, dão uma resposta mais automática, é possível detectar níveis maiores de preconceito que quando elas estão respondendo a instrumentos de pesquisa explícitos, como questionários. O Teste de Associação Implícita tem sido utilizado para evidenciar a existência de uma dimensão menos deliberada e controlada da atitude do preconceito: uma parte implícita dessa atitude. Conhecer essa dimensão é importante e potencialmente útil para propostas de formas de redução do preconceito, pois a depender de características da atitude as táticas utilizadas para promoção de mudança de atitude podem ser mais ou menos eficazes, a depender da rota de processamento cognitivo utilizada para processar essa tática. Dessa forma, ações visando diminuir o preconceito implícito devem atender a critérios eficazes a essa parte da atitude. Sugere-se que a ampliação de pesquisas empíricas nessa área pode aumentar a eficácia de ações contra o preconceito nas organizações.