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SANT?ANA JÚNIOR, H. A. et al (Orgs.). Ecos dos conflitos socioambientais: a RESEX de Tauá- Mirim. São Luís: EDUFMA, 2009. 322 p.

Maria José da Silva Aquino    
José Arnaldo dos Santos Ribeiro Júnior    

Resumen

Na zona rural ludovicense, desde o ano de 1996, vem se discutindo o projeto de constituição da Reserva Extrativista de Tauá-Mirim. Parte dos habitantes da zona rural de São Luís reivindica a qualificação de populações tradicionaisargumentando que as características naturais da área, bem como a existência de um modo de vida construído ancestralmente, justificam a criação desta Reserva.O ano de 2001, por outro lado, marcou a tentativa de instalação de um polo siderúrgico na capital maranhense, numa ação encampada pelos Governos Federal, Estadual do Maranhão e Municipal de São Luís. Tal polo seria composto por três grandes usinas siderúrgicas, com capacidadede produção de oito milhões de placas/ano cada, euma gusaria. As negociações eram lideradas pelaVale, junto a grupos estrangeiros como Baosteel Shanghai Group Corporation (chinês), Arcelor (francês) e ThyssenKrupp (alemão) (AQUINO; SANT?ANA JÚNIOR, 2009). Neste horizonte de disputas em virtude das diferentes lógicas de apropriação do território, configurou-se o conflito ambiental (ACSELRAD,2004) e, sobretudo, a ambientalização de um conflitosocial (LEITE LOPES, 2004). Nesse sentido, ao território, distintos significados são atribuídos tanto pelas lideranças dos moradores tradicionais, quanto pelos entusiastas do polo siderúrgico, objetivando legitimar seus interesses e garantir o uso e controle territorial.

PÁGINAS
pp. 137 - 139
MATERIAS
ADMINISTRACIÓN