Resumen
Existe uma escassez de órgãos humanos para transplantes. O objetivo deste artigo é analisar a utilização de nudges como política pública para aumentar o escasso número de doadores. Primeiro, expõe-se a problemática em um contexto mundial e, mais especificamente, no Brasil. Em seguida, explana-se a noção de nudges relacionando-se sua definição com os sistemas de consentimento para doação. Por fim, conceituam-se políticas públicas. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, descritiva, e, de certo modo, aplicada. Quanto aos dados quantitativos, mesmo que a título de ilustração, a pesquisa foi limitada no acesso a informações disponíveis online sobre transplantes e, no que pertine à fundamentação teórica, à dificuldade de aquisição de literatura a respeito. Como resultado, sugere-se ? dentre outras ?cutucadas?? a implantação da doação presumida de órgãos como forma de incrementar o número de doadores. Como consequência, conclui-se que nudges podem ser utilizados como política pública para aumentar o número de doadores de órgãos para transplantes. Com o presente artigo pretende-se contribuir para a discussão sobre a implementação de políticas públicas para o aumento do número de doadores de órgãos para transplantação. Portanto, seu resultado tem implicações práticas, sociais e econômicas, uma vez que os transplantes salvam vidas além de reduzir o custo com saúde. Certamente, não se esgotou a matéria. Estudos semelhantes são exigidos à medida que a população envelhece e a pressão por ampliar a oferta intensifica-se. O artigo é original, e é o terceiro de uma série de estudos que vêm sendo realizados no grupo de pesquisa.