Resumen
Os ativos intangíveis compreendem um diferencial competitivo para as empresas, dado que o cenário de intensa competitividade exige mais do que recursos tradicionais para a manutenção dos negócios. Com base nisso, a partir dos pressupostos da visão baseada em recursos (RBV), examinou-se os efeitos dos graus de intangibilidades e suas intensidades nos desempenhos econômico-financeiros em empresas dos países do GLENIF. Essas relações foram testadas em uma amostra de 688 empresas de capital aberto da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru no período de 2008 a 2014. Metodologicamente, utilizou-se de dados em painel com uma modelagem contemplando o grau de intangibilidade e suas intensidades, conforme propostos por Kayo e Famá (2006) e Kayo (2002). Além disso, utilizou-se a separação por quartis para as intangibilidades e variadas proxies para os desempenhos econômico-financeiros (ROA, ROE, ML, GA e LPA). Os achados evidenciaram associações positivas entre os graus de intangibilidades e os desempenhos econômico-financeiros em empresas de todos os países analisados, com destaque para o ROA. Nas observações quanto às intensidades notou-se que as empresas intangíveis intensivas possuem melhor desempenho econômico-financeiro do que as firmas tangíveis intensivas. Assim, concluiu-se que os intangíveis são recursos diferenciadores para as empresas