Resumen
O presente ensaio aborda o tema poder, violência e política no campo da segurança pública, tomando como fios condutores cenas do cotidiano de uma cidade média de Santa Catarina e o percurso histórico das políticas de segurança pública para compreender a lógica que permeia as atuais políticas, nossas relações diárias com essas políticas e seus efeitos em nossas vidas. Analisa que nossos medos e inseguranças ligados ao mundo contemporâneo, às práticas violentas atuais e sua espetacularização, provocam e fortalecem a suspeição dos estranhos, corporificados nos pobres, negros e bandidos, representantes do perigo, abrindo brechas para demandas de policialização da segurança pública. Ressalta que a política da segurança pública, desde sua gênese, constituiuma ótica militarista, fazendo uso da violência como estratégia de controle. Conclui que, mesmo com os esforços governamentais daúltima década em introduzir conteúdos de direitos humanos na formação técnica, o campo ainda mantém a lógica tradicional de uso de violência institucional.Palavras-chave: Segurança pública, violência, poder.POWER, VIOLENCE, AND POLITICS IN THE FIELD OF PUBLIC SAFETYAbstract: This essay addresses the power, violence, and politics topic in the field of public safety, taking as conductors cables some everyday scenes of an average city of Santa Catarina and the historical background of public security policies to understand the reason behind the current policies, our daily relations with these policies and their effects on our lives. We had analyzed that our fears and insecurities related to the contemporary world, the current violent practices and their spectacularization, provoke and strengthen the suspicion of strangers, embodied in the poor, blacks and outlaw, representatives of danger, opening it to policialization demands ofpublic safety. The politics of public safety, since its genesis, are a militarist perspective, using violence as a strategy control. Even with government efforts in the last decade to introduce contents of human rights in technical training, the field still maintains the traditional logic of use of institutional violence.Key words: Public safety, violence, power.