Resumen
A implementação do Plano de Ação na gestão do governador Carvalho Pinto no Estado de São Paulo (1959-1963) teve um impacto profundo na administração pública e na difusão e afirmação da arquitetura moderna em todo o Estado, sobretudo no interior, com a produção de mais de mil equipamentos públicos. Até o Plano, as obras públicas na sua imensa maioria eram projetadas pelo Departamento de Obras Públicas com uma arquitetura de extração eclética, neocolonial ou ainda possuíam uma linguagem corrente de difícil definição. As obras do Plano de Ação implantadas em um momento no qual a Arquitetura Moderna já gozava de ampla aceitação e há um ano da inauguração de Brasília, além de alinharem a produção estatal paulista com a produção arquitetônica em geral, não se restringiram a replicar soluções consagradas e existentes. A especulação arquitetônica propiciada e estimulada pelo Plano de Ação deu vazão a um conjunto de concepções que renovaram a proposição da dimensão pública dos equipamentos por meio de uma pluralidade arquitetônica substantiva. Essa produção colocou em relevo a dimensão social da própria arquitetura moderna, e foi o terreno no qual se constituiu a corrente que veio a ser conhecida como Escola Paulista, uma das expressões da pluralidade arquitetônica desenvolvida