Resumen
O presente artigo pretende analisar as políticas públicas de remoção no Rio de Janeiro e a questão da identidade do grupo de agricultores que se encontram no entorno do Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), compreendendo o fenômeno da autoidentidade a partir da reorganização do tempo e do espaço nas sociedades de redes. Será examinado o caso dos agricultores instalados anteriormente a constituição do Parque Estadual da Pedra Branca, em Jacarepaguá, a formação do Conselho Consultivo do Parque e a atuação do governo do estado do Rio de Janeiro ao adotar uma política de remoção desses assentados, bem como o conjunto de informações que são repassadas aos conselheiros e demais interessados, como aquelas encaminhas a mídia, apresentando um cenário excludente e criminalizador dos pequenos produtores. Para tanto, serão utilizadas como metodologia de estudo a revisão de literatura sobre o tema, pesquisa de dados constantes nos arquivos do Conselho do Parque, bem como relato de alguns conselheiros sobre o problema abordado e analise de informações colhidas na mídia sobre a participação dos agricultores nos crimes ambientais situados no Parque.