Resumen
A realidade brasileira tem mostrado umafastamento progressivo entre o homem e os rios urbanos: cidades com processos de crescimento urbano e estruturas naturais diferenciadas têm repetido uma relação de negligência e descaso nas margens desses corpos d?água. Partindo dessa premissa, este trabalho identifica relações espaciais estabelecidasentre traçado urbano e cursos d?água, tipificando interfaces e ambiências urbanas aípresentes. Problematizando o papel das configurações espaciais no desenvolvimento de condições adequadas para apropriação social e preservação ambiental nas margens dos rios urbanos, realizaram-se estudos morfológicos, complementados por leituras de campo, em duas bacias hidrográficas: a bacia hidrográfica do córrego Cascavel, na cidade de Goiânia, e a bacia hidrográfica do rio Itacorubi, situada em Florianópolis. A partir desses estudosde caso, que apresentam bacias hidrográficas em situações geomorfológicas e urbanísticas bastante específicas, o trabalho conclui que, na preservação dos rios urbanos, urbanidade e efetiva apropriação podem ser valores auxiliares para torná-los mais visíveis, reconhecíveis e acessíveis no cotidiano de sua população.