Resumen
A falha do mainstream da teoria macroeconômica em fornecer um conjunto adequado de instrumentos para entender e combater a crise econômica desencadeou um debate entre os teóricos da tendência dominante sobre os próprios fundamentos e sobre as políticas macroeconômicas adequadas. O objetivo deste trabalho é investigar em que medida a crise teve consequências para as teorias e as recomendações de políticas macroeconômicas do mainstream. Argumentamos que os novos keynesianos não passaram incólumes pela crise, eles próprios reconhecendo a necessidade de adaptar seus modelos para a realidade observada. A principal mudança é o reconhecimento da não neutralidade do sistema financeiro, que coloca em questão a política monetária guiada por um instrumento, a taxa de juros de curto prazo, uma meta, a taxa de inflação, que seriam insuficientes para simultaneamente levar a um crescimento estável e próximo do potencial e manter a estabilidade do sistema financeiro.