Resumen
Um intenso movimento de resgate da relação entre as cidades e seus cursos d?água vem ocorrendo na França, nas últimas décadas. A inserção da preocupação ecológica e a consideraçãodas dinâmicas naturais ocorrem concomitantemente com a revalorização das funções de urbanidade dos espaços das margens de rios urbanos. Este trabalho apresenta um breve apanhado sobre os princípios e procedimentos que caracterizam a experiência francesa. A sua análise é adotada como contraponto na reflexão sobre o ?princípio de intangibilidade?, que fundamenta a legislação brasileira relativa às Áreas de Preservação Permanente (APP), proibindo o uso e a ocupação às margens de cursos d?água. A discussãodo objeto específico agrega-se a uma discussão mais geral: a necessária articulação na abordagem dos temas ambientais e urbanos.PALAVRAS-CHAVE: margens de rios urbanos, Áreas de Preservação Permanente, urbanidade, ?mineralização? versus ?vegetalização?.