Resumen
A dengue é atualmente um dos mais graves problemas de saúde pública em todo o mundo. É uma doença do mundo tropical, no qual a maioria da América Latina está localizada e onde o ambiente e o clima proporcionam condições ideais para o mosquito Aedes (aegypti e albopictus) para prosperar. Além disso, o ambiente sócio-cultural (urbanização e estilo de vida) e a ineficácia das políticas públicas de saúde, resultam em graves epidemias da doença. Esta pesquisa tem como analise a incidência de dengue em três diferentes cidades do Brasil: Campo Grande / MS, Maringá / PR e Ribeirão Preto / SP e sua relação estatística com o clima, correlacionando variáveis climáticas diferentesde incidência da doença. A análise da temperatura diária também mostra correlação significativa (R = 0,70 e P> 0,99) com os registros da doença e um atraso 7 dias. Além do clima e factores ambientais, a mobilidade da população em relação aos casos importados também foi investigada. Os resultados mostram a complexidade da doença, em uma relação estreita entre o ambiente (clima) e a mobilidade da população, a circulação de differente sorotipos, a eliminação de resíduos sólidos, entulho e piscinas abandonadas, o que coloca a própria população em situações de risco e vulnerabilidade à doença. Um ponto importante a destacar é que, mesmo em cidades diferentes, a epidemia seguiu um padrão semelhante, enfatizando a importância das variáveis climáticas. Este estudo mostra importantes relações entre as epidemias de dengue e clima, embora estudos mais detalhados sobre ambos sorotipo e transmissão nas cidades são necessários para melhor entender os fatores por trás da transmissão da doença. Nossos resultados podem ajudar as agências de saúde locais na implementação adequada de alerta precoce a partir de sistemas de monitoramento e ações preventivas de controle de condições de ambientais.