Resumen
O presente estudo investigou como os trabalhadores de um órgão do Poder Judiciário brasileiro avaliam suas relações socioprofissionais de trabalho. Participaram do estudo 672 trabalhadores do órgão pesquisado (61,03% dos presentes no período da coleta). Houve um equilíbrio entre a participação de homens (51%) e mulheres, destaca-se a maior participação dos servidores, com escolaridade em nível de especialização, com faixa etária entre 25-30 anos e com o estado civil de casados. A nota global atribuída às relações socioprofissionais de trabalho foi de 7,19, DP=1,49. Os resultados inferenciais apontam que as variáveis: Estado Civil e Lotação, associadas ao fator: Relações Socioprofissionais de trabalho, tiveram sua hipótese nula rejeitada, ou seja, a percepção desse fator entre os participantes se diferencia em função dessas variáveis. Esse estudo tem papal estratégico para a mobilização, articulação e organização dos servidores além de fornecer subsídios aos gestores para que haja um aprimoramento da gestão do trabalho. É preciso dar continuidade e consolidar os aspectos que foram avaliados como positivos para os trabalhadores como: o bom relacionamento com a chefia imediata; amizade e bom relacionamento com os colegas de trabalho; e o clima harmônico. Nessa perspectiva, se faz necessário compreender a variabilidade dos contextos de trabalho e dos indivíduos, ter o foco no trabalhador como ser humano complexo em sua totalidade, ter um olhar crítico às adversidades do mundo do trabalho e quão importante é o papel das relações socioprofissionais de trabalhado na promoção de mudanças que minimizem os danos causados nesse contexto.