Resumen
O artigo explora as conexões entre as teorias da Escola de Estocolmo e a ortodoxia econômica prevalecente nos anos de 1930. Inicialmente, reconstituem-se as concepções clássicas de Cambridge e de Wicksell a respeito da poupança e de sua interação com investimento. A seguir, define-se o princípio unificador subjacente às análises dessas diferentes abordagens no que respeita à estabilidade da dinâmica macroeconômica. Comparam-se então as teorias ortodoxas da poupança com as visões de Lindahl, Myrdal e Ohlin sobre os processos cumulativos wicksellianos. A conclusão principal é que os autores suecos, ao tratarem de pontos cruciais de seus modelos, permaneceram demasiadamente vinculados ao pensamento econômico tradicional da época, impedindo assim que suas teorias viessem a se constituir numa antecipação efetiva das idéias keynesianas.