Resumen
O Brasil ainda é o maior produtor mundial de café, porém não ocupa mais a posição de semi-monopolista no mercado internacional. Por conta de uma política de sustentação de preços no mercado mundial, o Brasil involuntariamente incentivou concorrentes e, conseqüentemente, perdeu a hegemonia que até então possuía. A convergência dos maiores produtores de café para o mercado norte-americano, grande consumidor de café, torna os mercados à vista e futuro mais atrativos nesse país. A grande presença de hedgers e especuladores na CSCE, em Nova York, faz com que o contrato futuro de café negociado nessa bolsa de mercadorias tenha uma elevada liquidez, tornando esse mercado ainda mais atrativo para os agentes que negociam tal commodity. Analisando o comportamento dos preços futuros internos, cotados na BM&F, e externos do café, é possível observar que eles possuem um comportamento semelhante no período compreendido entre agosto de 1991 e junho de 1996. Outra observação interessante é que as elevações e quedas de preço do contrato futuro de café negociado na BM&F ocorrem após as elevações e quedas dos preços cotados na CSCE. Através da análise de cointegração, é possível verificar que existe uma relação de equilíbrio de longo prazo entre os preços futuros de café internos e externos. A dinâmica de curto prazo entre essas duas variáveis apresenta um desequilíbrio, o qual é corrigido por mecanismo de correção de erro, de forma que o comportamento dessas séries caminhe em direção ao equilíbrio de longo prazo.