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ARTÍCULO
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Agentes, escalas e redes de cooperação: o associativismo na região noroeste do RS e a autogestão habitacional

Clarissa do Nascimento Friedrich    

Resumen

Este artigo pretende traçar um perfil das experiências autogestionárias de produção habitacional na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (RS), a qual concentra grande parte dos programas de financiamento no Estado, entre os anos de 2005 e 2012. Através de dados obtidos com o Ministério das Cidades, em relação aos empreendimentos contratados pelos programas federais de financiamento habitacional direcionados para autogestão (Crédito Solidário e Minha Casa, Minha Vida ? Entidades), pode-se ter conhecimento do número de entidades existentes na região, bem como informações sobre as mesmas. Neste sentido, este estudo se propôs a investigar e traçar o perfil destas experiências, detalhando suas características ? se associações, cooperativas ou sindicatos ?, formas e áreas de atuação. Com efeito, o objetivo principal deste trabalho foi conhecer as entidades proponentes, com a finalidade de verificar como elas vêm conseguindo se articular, mesmo localizadas em cidades pequenas, isto é, longe dos grandes centros, mas onde o ideário da cooperação existe de forma bastante forte. Os resultados alcançados apontam que a maioria das entidades é ligada à produção rural, especialmente à agricultura familiar, embora exista um número expressivo de entidades atuantes no meio urbano. Por sua vez, a prática antiga do associativismo, sobre a qual as entidades da região têm larga experiência, é central para o seu sucesso em acessar recursos dos referidos programas. Por fim, também foi possível observar que a postura dos agentes públicos envolvidos no processo de organização e implementação dos empreendimentos autogestionários, em alguns casos, foi decisivo para a concretização dos mesmos.

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