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Inicio  /  Ciéncia Florestal  /  Vol: 27 Núm: 2 Par: 0 (2017)  /  Artículo
ARTÍCULO
TITULO

USO DE ESPÉCIES DA ARBORIZAÇÃO URBANA NO BIOMONITORAMENTO DE POLUIÇÃO AMBIENTAL

Kaíque Mesquita Cardoso    
Alessandro de Paula    
José Soares dos Santos    
Maria Lúcia Pires dos Santos    

Resumen

O biomonitoramento consiste na utilização de organismos vivos para apontar possíveis poluições ambientais. Objetivou-se neste estudo avaliar a influência da intensidade do tráfego urbano na disponibilidade de elementos e sólidos em suspensão, bem como identificar a potencialidade no acúmulo e retenção das substâncias em diferentes espécies arbóreas, utilizando suas folhas como biomonitores passivos e de acumulação. Como amostras utilizaram-se folhas de árvores coletadas em duas áreas no município de Vitória da Conquista - BA: com trânsito de veículos e atividades antrópicas moderadas; e em uma zona de maior tráfego e com atividades intensas. Foram determinados o material particulado (MP) depositado nas folhas pelo método gravimétrico e os elementos Fe, Cu, Ni, Co e Cd por espectrometria de absorção atômica em forno de grafite (EAA FG). O Fe se distinguiu significativamente das demais variáveis, com concentrações superiores aos outros metais. Utilizaram-se análises estatísticas multivariadas para a interpretação dos dados. A análise de agrupamento hierárquico separou dois grupos de acordo com a espacialidade e a análise de componentes principais permitiu a explicação desta tendência amostral. Um grupo foi constituído por MP, Fe e Cd, pelo fato de serem originados do desgaste dos veículos e queima de combustíveis fósseis. As espécies da família Fabaceae apresentaram uma maior similaridade em relação ao elemento Cu, isto, porque a atividade metabólica do Cu tem comportamento inversamente proporcional à concentração de nitrogênio. O trânsito de veículos influiu diretamente na disponibilidade de alguns elementos tóxicos e na concentração de partículas sólidas depositadas. Conclui-se que a espécie influi no acúmulo dos elementos químicos e apresentam diferentes potenciais de captação. A arborização pode ser utilizada como biomonitora passiva de acumulação.

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