Resumen
Neste artigo são analisadas as alternativas propostas por corrcntes construtivistas dentro da sociologiaambiental c por teorias sociais recentes (teoria da estruturação, da sociedade global de riscos e teoria doator-rede) referentes ao problema de como lidar socialmente com riscos de graves conseqüências, como osalimentares (BSE e transgênicos). Um dos pontos comuns na bibliografia aqui considerada é a crítica àsanálises técnicas e quantitativas sobre riscos ambientais e tecnológicos. dominantes internacionalmentena de1inição. avaliação e controle dos riscos. Estas análises ignorariam que tanto a~ causa~ dos danos comoa magnitude de suas conseqüências estão mediadas por experiências e interações sociais, assim como pornão reconhecerem a existência de diferentes racionalidades inlluenciando as percepções de riscos. Esteargumento levanta a questão sobre como envolver os leigos em debates que têm sido monopolizadospelos peritos. Nas sugestões apresentadas e discutidas no artigo, podem ser identificados diversosproblemas (idealização do conhecimento leigo como mais apropriado que o perito, generalizações a partirdo contexto europeu etc.). Finalmente. resgata-se a contribuição de recentes trabalhos na teoria do ator-rede que, numa aproximação com a sociologia ambientaL jélrlmilam critérios mais viáveis para responderaos desafios colocados pelos riscos alimentares.