Resumen
Embora o capim braquiária seja uma importante forrageira para muitas regiões do Brasil, quando ocorre em áreas nativas, representa problema para o funcionamento dos ecossistemas naturais e ameaça a diversidade vegetal, ao alterar o estabelecimento de espécies nativas. O objetivo do trabalho foi avaliar três métodos de controle do capim braquiária (Urochloa decumbens Stapf.), utilizando plantas de cobertura e manta plástica, em área em processo de restauração ecológica, às margens do córrego Ponte Alta, DF. Os tratamentos foram instalados em março/2013 (1º) e dezembro/2013 (2º), como seguem: T1 - plantio de mudas de amendoim-forrageiro (Arachis pintoi Krapov. & W.C. Greg.); T2 - manta plástica; T3 - semeadura a lanço do cultivar estilosantes Campo Grande (Stylosanthes capitata Vogel + Stylosanthes macrocephala M.B. Ferreira & Sousa Costa) e T4 - testemunha, com delineamento em três blocos completos casualizados, em fatorial (4 tratamentos x 2 períodos). Foi realizado o monitoramento mensal da percentagem de cobertura das plantas. A percentagem de cobertura foi comparada entre os dois períodos e entre os tratamentos por meio da ANOVA e do teste Tukey. No primeiro período, não houve diferenças significativas na cobertura de braquiária entre os tratamentos, exceto para a testemunha que foi maior (88,85%). No segundo período, os tratamentos se diferenciaram entre si, com menor cobertura de braquiária com a manta plástica (11,65%), seguida do tratamento com estilosantes (19%). Os tratamentos com uso de manta plástica e semeadura de estilosantes (em alta densidade) foram mais eficientes para o controle da braquiária. Espécies nativas com potencial para o controle de espécies exóticas agressívas podem auxiliar o processo de restauração ecológica.