Resumen
Este estudo analisa relações existentes entre o incremento médio anual em diâmetro e variáveis biométricas, morfométricas e ambientais em uma floresta nativa de Araucaria angustifolia no município de Lages-SC. Foram utilizados dados dendrocronológicos obtidos de 121 árvores dominantes e competidoras. Os indivíduos foram separados em 3 classes diamétricas, abrangendo indivíduos com DAP de 10 cm a 29,9 cm (C1), entre 30 e 49,9 cm (C2) e acima de 50 cm de DAP (C3). O banco de dados foi formado por uma matriz com as 121 árvores e 23 variáveis do ambiente, dendrométricas e morfométricas, que incluiu direcionamento de fluxo, acúmulo de fluxo, radiação solar, face de insolação, declividade, altitude, incremento médio em diâmetro, diâmetro, altura, distância (dominante/competidor), raios de copa por direção geográfica, área basal, idade, raio médio de copa, diâmetro de copa, área de copa, incremento em diâmetro por direção geográfica. Sendo que estas variáveis foram obtidas por meio dos algoritmos a partir do Modelo Digital de Elevação da área. As relações foram interpretadas com base nos resultados da análise multivariada, fazendo uso da análise de Cluster, análise fatorial e análise de componentes principais. As árvores apresentavam diâmetros variando entre 10 e 87,6 cm e alturas entre 5,3 e 21 m, com incremento médio anual em diâmetro de 0,708 cm, com média para 40 anos em análise retrospectiva. Constatou-se distinção de dois grupos e seis fatores diferenciados, que explicaram 81,5% da variância, sendo formados pelas características morfométricas e biométricas e pelas relações do incremento com as variáveis ambientais. As técnicas de análise multivariada podem ser aplicadas para auxílio na tomada de decisão no manejo florestal, pois comprovaram a correlação entre o incremento médio em diâmetro (essencial para compor o ciclo de corte florestal) e sua relação aos fatores do ambiente, índices de forma, espaço e dimensão dos indivíduos.