Resumen
http://dx.doi.org/10.5902/198050989282A ocorrência natural da erva-mate em solos ácidos e com baixa fertilidade natural, levou essa espécie a ser considerada de baixa exigência nutricional, principalmente em relação ao fósforo, embora pouco se conheça também sobre a exigência de N e K. Diante disto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento, teor de nutrientes no solo e em plantas jovens de erva-mate submetidas a doses de P combinadas com NK. Aplicou-se 0, 100, 200, 400 e 600 mg dm-3 de P2O5 combinados com 0, 50 e 100 mg dm-3 de N e K2O a um Latossolo Vermelho distrófico. Três mudas de erva-mate foram transplantadas para vasos com 2,9 dm3 de solo. Aos 120 dias determinaram-se a altura, diâmetro do caule, comprimento e volume radicular e produção de matéria seca da parte aérea e radicular das mudas. Determinaram-se os teores de N, P, K, Ca, Mg, Fe, Cu, Zn, Mn e Al das folhas e raízes, além do conteúdo de N, P, K, Ca e Mg. Amostras de solo foram submetidas à análise química. O crescimento da erva-mate foi afetado pela interação entre P e NK, demonstrando melhor crescimento quando o teor de P no solo estava entre 18,5 a 28,6 mg dm-3 combinado com 100 mg dm-3 de N e K2O. Em doses superiores a 400 mg dm-3 de P2O5, as folhas passaram a apresentar clorose internerval, sintoma típico de deficiência de Fe. A ordem dos macronutrientes mais exigidos e que mais contribuíram para o crescimento da erva-mate foi P, N, K, Mg e Ca. A erva-mate cresce bem em solos com altos teores de P, mas depende da boa disponibilidade de N, K e Ca.