Resumen
A redução da disponibilidade hídrica causa efeitos na fisiologia e morfologia das plantas, sendo responsável por alterações no metabolismo, com implicações no desenvolvimento de plantas arbóreas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do estresse hídrico no crescimento foliar e estado nutricional em plantas adultas de gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium), guanandi (Calophyllum brasiliense Cambess.), ipê-amarelo (Handroanthus serratifolius (Vahl.), ipê-rosa (Handroanthus impetiginosa (Mart.) Matos.), marupá (Simarouba amara Aubl.) e mogno (Swietenia macrophylla King.), cultivadas em condições de sequeiro e irrigadas, no perímetro irrigado do Baixo Acaraú, Ceará. O delineamento experimental adotado foi o de medidas repetidas no tempo, num esquema de parcelas subsubdivididas (6 x 2 x 2), sendo a parcela principal composta por seis espécies, a subparcela por dois regimes hídricos (irrigado e sequeiro) e a subsubparcela pelas épocas de avaliação. Foram determinadas concentrações foliares de N, P e K, além de área foliar específica (AFE), grau de suculência (GS), índice relativo de clorofila (IRC) e eficiência fotossintética no uso de N (A/N) e P (A/P), nas estações seca e chuvosa. Os resultados mostraram que o ipê-amarelo foi a espécie mais sensível quanto à variação das concentrações de N, P e K nas folhas em resposta à disponibilidade de água no solo. Quanto à AFE, ipê-amarelo, ipê-rosa e mogno foram mais sensíveis às condições de déficit hídrico extremo. A restrição hídrica no solo ocasiona a diminuição da suculência foliar no gonçalo-alves e no mogno. O IRC é diretamente afetado pelo déficit hídrico e está relacionado ao maior GS e à menor AFE. Quanto a A/N e A/P, o gonçalo-alves foi a espécie mais eficiente, não sendo afetado pelas condições de disponibilidade hídrica do solo.