Resumen
O uso das fibras da taboa (Typha latifolia Linn), para confecção de geotêxteis, tem sido trabalhada, buscando a estabilização de taludes de rios ou encostas, e assim criando um ambiente ecologicamente favorável para a recuperação da vegetação e a ancoragem do solo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência e durabilidade de geotêxteis fabricados com fibras da taboa submetidos ao envelhecimento acelerado em laboratório e degradação dessas fibras em campo. A confecção dos geotêxteis foi realizada com diferentes nós em fibras que passaram previamente por processos de secagem distintos. Para a realização dos testes em laboratório, foi construído aparato que permitiu submeter os corpos de prova ao envelhecimento precoce, buscando simulação das condições ambientais, isto é, as fibras foram expostas à radiação UVB seguida de condensação, utilizando-se também um resfriador mecânico para equalização da temperatura. Os ensaios de resistência à tração seguiram diretrizes observadas nas normas ISO 10319 (1996) e ISO 12236 (1998). Os ensaios de campo foram conduzidos por disposição de amostras em um talude da margem direita do rio São Francisco no município de Amparo do São Francisco-SE, 10°08'20.7"S 36°54'47.0"W, Nordeste do Brazil, com área de 20m2, submetidas às condições climáticas locais, para posterior avaliação da sua degradação. Uma vez que os materiais não apresentam homogeneidade na sua fabricação, ocorreram resultados não uniformes quando submetidos à degradação. Isso pode explicar o fato de serem observados aumentos inesperados nos valores de tensão e deformação. O geotêxteis de taboa apresentou resultados de tensão de ruptura e deformação que sinaliza positivamente para o seu uso comercial, confirmando, assim, as suas potencialidades para uso como parte das técnicas de bioengenharia de solos.