Resumen
O objetivo foi avaliar as propriedades mecânicas da madeira, a influência da classificação visual de lâminas de Cryptomeria japonica D. Don no desempenho mecânico para uso em elementos estruturais em MLC, comparando com os requisitos mínimos exigidos pelas normas brasileira ABNT NBR 7190 (1997) e europeia EN 338 (2016). Os ensaios para caracterização física e mecânica da madeira sólida seguiram as recomendações das normas COPANT 461 (1972), 464 (1972) e 555 (1973) para densidade básica, resistência à compressão paralela às fibras e resistência à flexão estática, respectivamente; e ABNT NBR 7190 (1997) para resistência ao cisalhamento. As 80 lâminas de madeira foram produzidas com dimensões de 6,0 x 1,5 x 220,0 cm (largura x espessura x comprimento) e posteriormente classificadas visualmente conforme a norma americana ASTM D245 (2006) e pelo módulo de elasticidade - EW (ASTM D4761 (2013)). Ao todo, 20 vigas de MLC foram confeccionadas, sendo estas formadas pela combinação das lâminas classificadas nas classes visuais: Testemunha (lâminas limpas, ou seja, sem defeitos), T1 (limpas e estrutural especial - SE), T2 (S1, S2, S3) e T3 (limpas, SE, S1, S2, S3), as vigas foram avaliadas em testes mecânicos de resistência à flexão estática e resistências à tração normal às fibras e cisalhamento para linha de cola. Os resultados indicaram que como madeira sólida a espécie não apresentou resistência mínima para que seja classificada como C-20 pela ABNT NBR 7190 (1997), entretanto a espécie foi classificada como classe estrutural C-16 pela norma EN 338. As vigas de MLC apresentaram valores dentro do mínimo exigido para a classe C-20, conforme a ABNT NBR 7190 (1997). A utilização de lâminas com nós classificados visualmente não diminuiu a resistência das vigas de MLC quando comparado com vigas produzidas com lâminas sem nós.