Resumen
No Brasil 3 em cada 10 pessoas são consideradas analfabetas funcionais, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF, 2018). É inerente à comunicação considerar as características físicas, mentais, sociais e culturais do seu público, e avaliar o entendimento destes com a mensagem. Por conseguinte, identificou-se que as dificuldades de processamento cognitivodesse grupo interferiram de forma significativa no processo de interação com as mensagens divulgadas nos meios de comunicação pública. Mostrou-se necessário, identificar e avaliar os canais e linguagens que mais se adequaram a esse público durante o coronavírus. O presente estudo busca entender como as pessoas iletradas interagiram com as mensagens veiculadas nesse cenário de pandemia causada pela Covid-19, no âmbito do Distrito Federal, em 2020. Para isso, foi feita uma pesquisa com pessoas de 15 a 64 anos que fazem parte do grupo dos analfabetos funcionais, utilizando campanhas e informativos publicitários impressos e digitais que foram veiculados nesse período pelo Governo do Distrito Federal(GDF). A análise possibilitará o reconhecimento da legitimidade dessas deficiências como obstáculo na construção da cidadania.