Resumen
A crescente urbanização promove a degradação contínua do ambiente urbano, como por exemplo, o acréscimo de revestimentos impermeáveis, a redução de áreas verdes, as alterações do albedo e da rugosidade superficial, a canalização de corpos hídricos e a emissão de poluentes por parte das indústrias, que de modo geral, modificam negativamente o microclima, o conforto térmico e consequentemente a qualidade de vida da sociedade. Nessa perspectiva, estudos revelam que os parques urbanos têm o potencial de mitigar alguns dos efeitos nocivos da urbanização. Portanto, objetivou-se com o presente estudo, compreender e analisar o microclima relativo às condições termo higrométricas de um parque, em comparação com uma área urbana de referência, avaliando suas contribuições no conforto térmico dos cidadãos. Para as variáveis temperatura do ar e umidade relativa do ar aferidas no parque, houve redução de até 5,2°C e aumento de até 9,9% quando comparadas à estação fixa em área urbana. Em relação ao conforto térmico, o parque variou a escala de percepção de conforto a desconforto e a estação fixa variou de pouco desconforto a desconforto. Assim, conclui-se que a morfologia do parque analisado contribui para que as condições termo higrométricas interfiram positivamente no microclima e no conforto térmico.