Resumen
A utilização de bactérias promotoras de crescimento de plantas no cultivo da soja tem favorecido a produtividade de grãos da oleaginosa. Contudo, as formas de aplicação e os efeitos desses microrganismos na produção de sementes de qualidade ainda são pouco estudados. Neste sentido, objetivou-se avaliar os efeitos da inoculação e da coinoculação de Azospirillum brasilense e Bradyrhizobium japonicum, aplicadas via tratamento de sementes e em cobertura, na qualidade fisiológica de sementes de soja. No campo, o experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados, com 5 repetições, sendo testados cinco diferentes tratamentos: testemunha (sem inoculação e coinoculação); inoculação com B. japonicum aplicado via semente; aplicação de B. japonicum em cobertura; coinoculação com A. brasilense e B. japonicum aplicados via semente e; A. brasilense e B. japonicum aplicados em cobertura. Após a colheita, a qualidade fisiológica das sementes foi avaliada sob delineamento inteiramente casualizado, por meio dos seguintes testes: germinação, primeira contagem da germinação, envelhecimento acelerado e comprimento e massa seca da parte aérea e da raiz da plântula. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os tratamentos com inoculação das bactérias promotoras de crescimento produziram sementes de maior qualidade fisiológica em comparação à testemunha. A aplicação isolada de B. japonicum, via semente, resulta na produção de sementes de menor desempenho, enquanto a aplicação isolada de B. japonicum em cobertura, ou em conjunto com A. brasilense, aplicadas via semente ou em cobertura, favorecem a produção de sementes vigorosas.