Resumen
O artigo aborda o debate contemporâneo da chamada globalização neoliberal e a dinâmica socioeconômica e territorial nas áreas periféricas do capitalismo, ocasionadas pelas formas de integração que privilegiam a financeirização frente aos aspectos produtivos, realizadas por países da América Latina. Um elemento importante para a compreensão do neoliberalismo que impôs a todos uma lógica destrutiva de conquistas históricas (Welfare State), foi fugir da visão do mainstream econômico e se apoiar na Economia Política e correntes heterodoxas. Esta forma de inserção, baseada em commodities, direciona as políticas econômicas, sociais e ambientais de acordo com os preceitos neoliberais e consolida um padrão de crescimento, instável e vulnerável que aumenta o grau de dependência e responde pelo quadro de desigualdade e expropriação de minorias excluídas da globalização financeira. O cerne da questão está na desregulamentação dos fluxos financeiros, comerciais e de serviços propostos pelo fundamentalismo de mercado, que se impôs a todos, sob a complacência de um Estado Nacional que se apequena no exercício do seu papel promotor de desenvolvimento e de políticas públicas.