Resumen
Atualmente, existem métodos que não danificam os elementos da construção ao serem aplicados, os chamados métodos não destrutivos. Estes métodos não necessitam extração de testemunhos ou qualquer outra danificação aos elementos construtivos e utilizam equipamentos com tecnologia para avaliar características das superfícies analisadas não visíveis ao olho humano. Dentre os métodos não destrutivos pode-se citar a esclerometria, o ultrassom e a termografia como os ensaios mais utilizados na avaliação da Patologia das Construções, sendo o último citado como o menos desenvolvido por pesquisadores brasileiros. Silva (2012) classifica o método da termografia como uma técnica simples e rápida de análise não destrutiva. Através da câmera termográfica é possível detectar diversos problemas como defeitos em isolamentos térmicos, fugas de ar, condições de funcionamento de equipamento de difícil acesso e umidade por infiltrações ou fugas de água. Neste trabalho fizeram-se simulações de condições reais de umidade acidental. Foram elaborados protótipos de diferentes conformações, revestidos por reboco argamassado e pintura com tinta à base d?água e inserida uma tubulação danificada em seu interior. Para verificação do potencial da termografia foram capturadas imagens de luz visível e termogramas de todos os protótipos sem água na canalização e, posterior ao procedimento, foi inserida água em todos os canos a fim de monitorar o comportamento dos elementos. Considerando os resultados dos quatro tipos de parede desenvolvidos, foi possível afirmar que o método da termografia apresenta grande potencial para a análise de elementos ocultos causadores de manifestações patológicas. Analisando os protótipos de alvenaria de tijolos cerâmicos rebocados e pintados ? sejam maciços ou furados ? foi possível concluir que a termografia é um método capaz e eficaz na detecção de infiltrações nas edificações ainda no seu estado oculto, ou seja, sem alteração nas superfícies rebocadas e pintadas.