Resumen
As espécies amburana (Amburana cearensis (Fr. All.) A. C. Smith) e o umbuzeiro (Spondias tuberosa Arr. Cam.) possuem adaptações fisiológicas e morfológicas às condições climáticas do bioma caatinga e atualmente estão sob ameaça de extinção. Objetivou-se com a realização deste trabalho caracterizar a partição de fotoassimilados das mudas de Amburana cearenses e Spondias tuberosa buscando compreender a contribuição do sistema radicular tuberoso para a manutenção do crescimento inicial das mesmas. O estudo foi realizado na Unidade Experimental Horto Florestal da UEFS, o experimento foi disposto em delineamento em blocos casualizados, com quatro intervalos de avaliação após o transplantio das mudas (DAT) (60; 120; 180 e 240 dias). Foram avaliados os parâmetros: altura da planta, diâmetro do caule, comprimento e largura de folha e raízes tuberosas, número de folhas, área foliar e massa seca. Com base nos dados de massa seca e área foliar, foram realizados os cálculos de taxa de crescimento absoluto (TCA), taxa de crescimento relativo (TCR), taxa assimilatória líquida (TAL), razão de área foliar (RAF), área foliar específica (AFE), razão de peso foliar (RPF) e peso específico da folha (PEF). Em ambas as espécies, a partição de fotoassimilados indica que inicialmente a raiz tuberosa funciona como um dreno de alta atividade, até a finalização da sua formação, seguindo de ramos, raízes secundárias e folhas. Para grande parte dos parâmetros de crescimento, as plantas de Spondias tuberosa obtiveram médias notoriamente mais altas, assim, consequentemente, obteve maior crescimento e desenvolvimento que as mudas de Amburana cearensis. Conclui-se que a formação das raízes tuberosas ocasiona interferência no crescimento inicial das plantas de ambas as espécies.