Resumen
A partir da premissa de que os elementos ? produção e comunicação científica ? são estratégias definitivas para a formação profissional do cientista da informação, retoma-se, a princípio, a concepção ampla da ciência. Em se tratando da produção científica, a polêmica gira em torno de discussão antiga e, paradoxalmente, atual, quanto à produção per se ou ao produtivismo, ou seja, à importância da qualidade ou da quantidade. Para que os cientistas da informação tragam à tona conhecimentos inovadores que fortaleçam sua função na tessitura social, precisam considerar o entrelaçamento inevitável entre produção e comunicação para o avanço da ciência e tecnologia. Isto porque, no Brasil, há prevalência de medidas avaliativas de órgãos de fomento ao ensino de pós-graduação e à pesquisa, as quais, com frequência, são controversas, pois tendem a desconsiderar a singularidade das (sub) áreas, de objetos de estudo e de regiões. Logo, o objetivo central do paper é defender a produtividade, na acepção de eficiência produtiva ou rendimento com qualidade em vez do produtivismo acadêmico, resultante da regulação e do controle de avaliação ?oficial?, cujo traço marcante é a ênfase no aspecto quantitativo da produção em detrimento da qualidade em segmentos distintos do cotidiano do homem contemporâneo. Para tanto, recorre-se ao procedimento metodológico descritivo referencial, apoiado em fontes bibliográficas atualizadas que contemplem a produtividade, objeto de uma série de pesquisas, que nem conduzem a soluções unívocas nem tampouco a conclusões definitivas, mas a reflexões acerca de sua relevância para a formação profissional do cientista da informação, opondo-se ao produtivismo exacerbado.