Resumen
A presença de água no solo, tanto em regime temporário quanto permanente, exige diferentes estratégias adaptativas das espécies vegetais que ocupam estas áreas. Neste sentido, investigamos as respostas morfológicas e de alocação de biomassa em plântulas de Cedrela fissilis Vell. (Meliaceae) submetidas a diferentes amplitudes e intensidades de inundação. Plântulas de Cedrela fissilis foram submetidas a duas intensidades de inundação (submersão ao nível de coleto e total) em três diferentes amplitudes (cinco, 15 e 20 dias) e após 30, 60 e 90 dias de recuperação da condição de inundação foram realizadas avaliações da altura da parte aérea, número de folhas, diâmetro do colo e índices de clorofila a, b e, total. Após 90 dias de recuperação, a altura total, diâmetro da raiz, comprimento da raiz, biomassa total, área foliar e o crescimento das raízes foram avaliados. Plântulas não inundadas constituíram um grupo controle. As plântulas submetidas à inundação total não sobreviveram. Por outro lado, as plântulas sob inundação parcial recuperaram a taxa de crescimento ao longo dos 90 dias de recuperação da inundação. Não foram observadas diferenças nas variáveis de crescimento e alocação de biomassa em relação às plântulas-controle. Todavia, observou-se que durante o período de recuperação, as plântulas submetidas a 20 dias de inundação parcial apresentaram maior taxa de abscisão foliar acompanhado por um aumento nos índices de clorofila a e b. Os resultados indicaram que esta espécie apresenta tolerância à intensidade de inundação parcial, devendo ser cuidadosamente selecionada quanto às áreas de plantio.