Resumen
Novos sistemas construtivos têm sido utilizados na construção de edificações no Brasil, no entanto, é importante observar que a sua escolha deve ser feita com base em critérios de sustentabilidade energético-ambientais, além dos critérios técnico-econômicos normalmente utilizados. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho consistiu na análise da energia incorporada e das emissões de CO2 de fachadas de light steel framing para edificação, considerando as fases do ciclo de vida referentes à indústria e ao transporte de materiais para cinco regiões do Brasil. Para o levantamento dos dados, tomou-se como base a literatura nacional e internacional e pesquisas junto aos fabricantes e empresas especializadas. Foram selecionados fabricantes classificados nos Programas Setoriais de Qualidade do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat ou aqueles ligados às associações dos materiais e componentes constituintes do light steel framing. As distâncias das fábricas até a obra foram calculadas via Google Maps. Para isso, foram utilizadas equações desenvolvidas em outros estudos. Os resultados obtidos foram comparados com fachadas convencionais, constituídas por blocos cerâmicos e argamassa de revestimento, e apontaram a influência maior da energia incorporada e das emissões de CO2 na indústria, comparativamente ao transporte. Além disso, foram observados resultados de percentuais referentes à massa, à energia incorporada e às emissões de CO2 menores para o light steel framing, comparativamente à fachada convencional. Este trabalho contribui com dados para o inventário de ciclo de vida de materiais e componentes nacionais.