Resumen
A teoria econômica reconhece a importância das expectativas para a tomada de decisão dos agentes econômicos em um ambiente dinâmico sem previsibilidade perfeita. Apesar de relativamente extensa, a literatura sobre spread bancário no Brasil trata desta questão apenas de forma superficial, não incluindo variáveis macroeconômicas expectacionais. Estas expectativas, que podem afetar as estratégias da firma bancária no processo de maximização sua rentabilidade, são rotineiramente coletadas e divulgadas pela autoridade monetária e de regulação bancária brasileira e por outras entidades. Incorporamos estas variáveis em um modelo empírico dinâmico de determinação do spread bancário específico de cada banco, seguindo a abordagem de Maudos e Solís (2009). Os dados são trimestrais e a amostra vai de 2003 a 2011. Os resultados corroboram a hipótese aqui proposta de que as variáveis macroeconômicas expectacionais, como a inflação esperada e os juros futuros, são relevantes na determinação do spread bancário no Brasil.