Resumen
As famílias de coleópteros atuam na fragmentação da matéria orgânica em decomposição (restos vegetais, madeira podre, palha, esterco, entre outros), participando da ciclagem de nutrientes e contribuindo para a melhoria da fertilidade e estrutura do solo. O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a eficiência das larvas de besouro da subfamília Cetoniinae como uma nova alternativa no processo de decomposição do esterco de coelho, comparando os atributos físicos, físico-químicos e químicos do Cetoniinaecomposto com o esterco de coelho decomposto por minhocas e o esterco compostado naturalmente. O experimento foi implantado em galpão coberto da Embrapa Agrobiologia, no município de Seropédica (RJ), em um delineamento experimental inteiramente casualizado com três formas de incubação: com minhocas (T1), com larvas de besouro (T2) e sem larvas e sem minhocas (T3), com quatro repetições. As coletas de amostras do material para análise foram realizadas no início da incubação (tempo 0) e aos 30, 60 e 90 dias, sendo avaliados pH e emissões potenciais de CO2 e de NH3 como indicadores de estabilidade, e aos 90 dias foram analisadas as seguintes variáveis: condutividade elétrica (CE), pH, teores de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, e substâncias húmicas. Os compostos de esterco de coelho produzidos por larvas de Cetoniinae (Cetoniinaecomposto), por minhocas (vermicomposto) e esterco compostado, não apresentaram diferença significativa para a maioria das características químicas e físicas, constatando-se a estabilização dos compostos produzidos por minhocas e larvas aos 90 dias, medida pelas emissões de CO2 e de NH3. Destaca-se a decomposição realizada pelas larvas de besouro, a qual apresentou a menor emissão de NH3 ao longo do período de incubação, demonstrando que as larvas podem ser uma nova alternativa a compostagem do esterco de coelho.